quarta-feira, 4 de setembro de 2013
TESTAMENTO DE UMA VELA (soneto)
TESTAMENTO DE UMA VELA
Lá fora chove e aqui já morre u'a vela
Partilha a pouca luz que nesta cela
Consagra a rubra letra e nós nos sela
Sozinhos ela e eu, como eu e ela
Despede-se e dissipa, posso vê-la
À vela que minha alma a mim me espelha
Já prestes... como de última centelha
À vela que é por mim mi'a própria estrela
A vela a mim me vela e a mim disputa
Das luzes insensíveis e insinceras
As luzes tão sem luz, as do futuro
Mas deixa-me, eu de luto, e não sem luta
Revela a vela o que era de outras eras
E o testamento seu leio eu no escuro
(G. M. Brasilino)
Lá fora chove e aqui já morre u'a vela
Partilha a pouca luz que nesta cela
Consagra a rubra letra e nós nos sela
Sozinhos ela e eu, como eu e ela
Despede-se e dissipa, posso vê-la
À vela que minha alma a mim me espelha
Já prestes... como de última centelha
À vela que é por mim mi'a própria estrela
A vela a mim me vela e a mim disputa
Das luzes insensíveis e insinceras
As luzes tão sem luz, as do futuro
Mas deixa-me, eu de luto, e não sem luta
Revela a vela o que era de outras eras
E o testamento seu leio eu no escuro
(G. M. Brasilino)
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