domingo, 8 de setembro de 2013
LEMBRANÇA VELHA (soneto)
LEMBRANÇA VELHA
Neste museu de eus — eu consumido —
A vela cansa e a pouca luz me lança
A brisa me esfarela uma lembrança
E lança outra lembrança ao meu sentido
Eu lembro — tudo, tudo paralisa
A brisa vira a folha já amarela
A vela quase morre e quase gela
Mas ela não é mesmo mais precisa
Eu lembro e eu lembro por que eu lembro disso
Pois livre faz e guarda o mesmo eu
Que inda é meu eu que lembrará, submisso
E vi, de me lembrar, que aconteceu,
Que em ver e ouvir eu mesmo me enfeitiço
— Lembrança é gozo, é cruz de cireneu
(G. M. Brasilino)
Neste museu de eus — eu consumido —
A vela cansa e a pouca luz me lança
A brisa me esfarela uma lembrança
E lança outra lembrança ao meu sentido
Eu lembro — tudo, tudo paralisa
A brisa vira a folha já amarela
A vela quase morre e quase gela
Mas ela não é mesmo mais precisa
Eu lembro e eu lembro por que eu lembro disso
Pois livre faz e guarda o mesmo eu
Que inda é meu eu que lembrará, submisso
E vi, de me lembrar, que aconteceu,
Que em ver e ouvir eu mesmo me enfeitiço
— Lembrança é gozo, é cruz de cireneu
(G. M. Brasilino)
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