domingo, 15 de setembro de 2013
CAVERNA (soneto)
CAVERNA
Escava o homem covarde na caverna
moderna. Do primeiro era sacra urna
na qual com geometria abstrata e eterna
enfeitiçara a sombra vil noturna.
Enfeitiçara, sim, mas se era erma
a vida humana... Horror tudo transtorna!
Pecado dos pecados da alma enferma
é ao horror tornar, e ele retorna.
E na caverna a sua carne oculta
ao mundo, e a tudo odeia, mas exulta
pois pensa, na caverna, ser um deus.
E na caverna jaz sua dor sepulta.
Ao mundo insulta, e a tudo, e a si se insulta
pois pensa... Não, já morre... Adeus, adeus.
(G. M. Brasilino)
Escava o homem covarde na caverna
moderna. Do primeiro era sacra urna
na qual com geometria abstrata e eterna
enfeitiçara a sombra vil noturna.
Enfeitiçara, sim, mas se era erma
a vida humana... Horror tudo transtorna!
Pecado dos pecados da alma enferma
é ao horror tornar, e ele retorna.
E na caverna a sua carne oculta
ao mundo, e a tudo odeia, mas exulta
pois pensa, na caverna, ser um deus.
E na caverna jaz sua dor sepulta.
Ao mundo insulta, e a tudo, e a si se insulta
pois pensa... Não, já morre... Adeus, adeus.
(G. M. Brasilino)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário