sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
MEGALOMANIA DE UM IDÓLATRA (soneto)
MEGALOMANIA DE UM IDÓLATRA
Idólatra, verá-se em pretensão
De entrar no lar sagrado d'alma humana
E de mudá-lo; donde, vê-se, emana
O anelo de poder em sua mão
Por muito se adorar na escuridão
Vê em si a luz; o resto, um fosso imundo
Por isso há de almejar mudar o mundo
Por ser seu mundo mui menor que um grão
Profeta falso, que a si mesmo expia
No que mais em si mostra cobardia
E em sua cegueira escapa ao seu poder:
Que é igual ao seu mais vilesco inimigo
Que co'ele há de abraçar-se em seu jazigo
E a carne o mesmo verme há de vencer
(G. M. Brasilino)
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