domingo, 20 de janeiro de 2013
SOBREVIVENTE DE UMA NOITE (soneto)
SOBREVIVENTE DE UMA NOITE
Era uma noite, e uma noite era
Como as noites de sono não dormido
Em que o falar da alma é qual gemido
Que geme do que conter não pudera
E como somem os sonhos um a um
Consome-me o suor dos pensamentos
Que como som reverberam momentos
Que eu jamais vivi, em tempo algum
E se digo assim que um pesadelo
- Se é que em verdade sói dizê-lo -
Pode dizer-se do estar acordado
Mais acertadamente assim direi
Ser pesadelo o que eu não sonhei
Quando não sonhei, e nunca foi sonhado
(G. M. Brasilino)
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