terça-feira, 4 de setembro de 2012
DOS LÁBIOS
DOS LÁBIOS
Como todos versos rimam
E rimam de modos vários
Assim rimam nossos lábios
Sempre que se aproximam
Lábios seus juntos aos meus
Rimam quais interpolados
Cruzados, emparelhados
Nunca aguardando um adeus
Não só poema: escultura
Em formas tão sinuosas
Insinuam também em prosas
Insinuam tanta doçura
Sem mão, também sem pincel
Em tantas cores pintados
Unidos e entrelaçados
Tem por sabor o do mel
Tão sóbrio e louco cantar
Melodia sem partitura
Inda que atonal ventura
Em dueto assim a ensaiar
Não só humana esta arte
Estando os lábios unidos
E unidos da alma os lábios
Vêem música em toda parte
No horizonte o abraçar
Beija a terra ao firmamento
Num só eterno momento
Como também terra ao mar
Quando vejo aproximar
Da flor-menina o encanto
Unidos em mesmo canto
Sinto seu beijo valsar
(G. M. Brasilino)
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