terça-feira, 18 de setembro de 2012
DIES GLORIAE
DIES GLORIAE
Trovejam as trombetas e tambores
Declamadores do drama divino
A anunciar todo humano destino
Contar os puros futuros fulgores
Contam que vem o dia, vem a hora
Que vem ardendo, que vem flamejante
Fogo Consumidor, o judicante
E contam que vem presto, vem agora
Anunciara o oráculo d'outrora
O advento sobre as cavernas e montes
Anunciara a vinda sem demora
Sobre altas torres e cidades fortes
Proclamam Sua aterradora presença
Severo Juízo da Justiça nua
Por dar a todos homens recompensa
A cada um segundo a obra sua
Ante Sua vinda os povos prantearão
Trazendo tudo enfim à Sua lei
Entronizado assim, Teandro rei
Regente sobre toda a Criação
E enfim reunidas todas as nações
Assentado Ele em seu trono de glória
Julgadas serão todas gerações
No Juízo Final de toda a História
Naquele dia condutos prostrar-se-ão
Face o trono de fogo, genuflexos
Ante divina luz, todos perplexos
Esperam do pecado Seu perdão
Os que em vida suportaram a cruz
Assentar-se-ão no trono na altitude
Prazer inefável na excelsitude
Nunca se apagará deles a Luz
Os cujo interior é escuridão,
Lançados nas trevas exteriores,
A justa pena pelos seus horrores,
- As prostitutas almas - sofrerão
Dar-se-ão, dos que rebelam contra Deus,
Cuja alma é qual de corvos e chacais,
Aos chacais e corvos os corpos seus,
Na treva onde o verme não morre mais
Aos pobres de espírito se dará
Mais vida que em qualquer vida terrena
Aos soberbos, porém, como sua pena,
Um fogo que nunca se apagará
Aquele que no livro achado for
Dentre qualquer tribo, língua ou nação
Membro de uma incontável multidão
Contemplará grandioso resplendor
Num piscar d'olhos, em um só momento
Findo este mundo que finda, se encerra
E unidos para sempre os céus e a terra
Verão os justos o seu casamento
Do sofrimento não haverá memória
Não há mais pranto, a morte não existe
Consolação recebe o canto triste
Tragada foi a morte na vitória
Mas o dia virá como um ladrão
Delidos os elementos, ardendo,
Passarão os céus com um imenso estrondo,
E a terra e suas obras queimarão
Triunfante em seu Reino Vencedor
Recebido dos seus c'o mor laurel
Retornando o rei em alvo corcel
Vence a última Guerra do Senhor
Louvam angélicos flavos clarins
Contemplando o Bem, o Belo, o Sublime
Do qual não há glória que se aproxime
Santificam n'Excelso os serafins
Dá-nos, ó Deus, as cítaras eleitas
E entrar na celestial Jerusalém
Descanso em vossas glórias tão perfeitas
Dá-nos da vossa Eterna Luz. Amém.
(G. M. Brasilino)
(G. M. Brasilino)
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