terça-feira, 14 de agosto de 2012
AMOR-DESAFIO (soneto)
AMOR-DESAFIO
Não quero um amor de poucos verões
Calado, contido, em poucas canções
Frio, metrificado, a tal digo não
Dá-me um que me tire o siso, a razão
Não quero um amor sem sangue, sem dor
Também não o que choro não m'arrancar
Padecer me faça, amor sofredor
O sono me tire, e faça tardar
'Quele a me tomar, rasgar coração
Selvagem, feral, ardente em paixão
Profundo, belo, sublime, bravio
Que à fera domar, ao tal me confio
Cative-lhe alma, rompa-lhe o grilhão
Absurdo e real, amor-desafio
(G. M. Brasilino)
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1 comentários:
Bom te ler por aqui! =)
Gostei do soneto.
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