quarta-feira, 30 de outubro de 2013
LEMBRANÇA
O Homem é o que faz de sua lembrança,
matéria viva e informe e fantasmal
na qual, se por discórdia ou se aliança,
sua natureza engendra e, afinal,
o mesmo rio no curso e na nascente
percebe, diga-o bem ou diga-o mal.
Se é chão, montanha a céus sempre ascendente,
Se é chão, que traga e abraça, movediço,
é chão. Se é como fogo, que é serpente,
que de forjar verdades tem feitiço,
é inferno, é morte, é caos, é destruição,
é luz, é força, é espírito, é serviço,
forja também verdades, mas que são.
De além da imprecação e do esconjuro,
das lembranças que logo o deixarão,
não o deixará a lembrança do futuro.
(G. M. Brasilino)
matéria viva e informe e fantasmal
na qual, se por discórdia ou se aliança,
sua natureza engendra e, afinal,
o mesmo rio no curso e na nascente
percebe, diga-o bem ou diga-o mal.
Se é chão, montanha a céus sempre ascendente,
Se é chão, que traga e abraça, movediço,
é chão. Se é como fogo, que é serpente,
que de forjar verdades tem feitiço,
é inferno, é morte, é caos, é destruição,
é luz, é força, é espírito, é serviço,
forja também verdades, mas que são.
De além da imprecação e do esconjuro,
das lembranças que logo o deixarão,
não o deixará a lembrança do futuro.
(G. M. Brasilino)
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