sexta-feira, 24 de agosto de 2012

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FLOR-MENINA

Quais os olhos de menina
São os olhos da flor-mulher
Canta em tua voz cristalina
Canta um minuto sequer!

Escrevo carta-poema
Tua imagem vira cinema
Em verso e prosa o dilema:
Mal me quer ou bem me quer

Menina-flor, dentre as rosas
Mais bela 'inda há de se ver
Por mais que sejam cheirosas
Mais perfume irás verter

Não arranco os teus cabelos
Pétalas de tantos cheiros
Ainda que eu queira tê-los
Inteira te quero ter

Rosa de sangue vermelha
De vermelho carmesim
Enrubrecente fornalha
Me aquece também assim

Teu vaso são os meus braços
Não te solto desses laços,
Flor de palácios e paços,
Quero te ter junto a mim

(G. M. Brasilino)

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