terça-feira, 31 de julho de 2012

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LUMINAR MENOR

Canta, ó Lua, tão bela, tão pura
Alvo astro em fulgor, elevada
Nas nuvens oculta, escultura
Perfeição em imperfeita forma

Sem que mi'a mão te faça minha
Tua lança aos meus olhos radias
Rompendo entre gélidas trevas
Sê então no coro d'astros rainha

Em silencioso ir, pois, retornas
Demora, ó Lua, vim implorar-te,
que anuncias do Sol a ascensão

Resplandecei em eternas eras,
Companheira da escura noite,
e do vento, e da solidão

(G. M. Brasilino)

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A propósito:



MONJA

Ó Lua, Lua triste, amargurada,
Fantasma de brancuras vaporosas,
A tua nívea luz ciliciada
Faz murchecer e congelar as rosas.

Nas flóridas searas ondulosas,
Cuja folhagem brilha fosforeada,
Passam sombras angélicas, nivosas,
Lua, Monja da cela constelada.

Filtros dormentes dão aos lagos quietos,
Ao mar, ao campo, os sonhos mais secretos,
Que vão pelo ar, noctâmbulos, pairando...

Então, ó Monja branca dos espaços,
Parece que abres para mim os braços,
Fria, de joelhos, trêmula, rezando...

(Cruz e Sousa)